O jornalista Angolano Ernesto Bartolomeu, da Televisão Pública de Angola, venceu o Prêmio africano de jornalismo, na categoria de Língua Portuguesa.
Ernesto Bartolomeu superou 22 outros candidatos com uma reportagem sobre Kuito Kuanavale, município da província angolana do Kuando -Kubango, onde descreve a importância histórica e estratégica da vitória sobre o regime racista da África do Sul.
Para o jornalista, com esta vitória, abre-se, a partir de agora, o caminho para todos os outros profissionais, bastando, como aconselhou, que os trabalhos tenham a qualidade e o rigor que a CNN e a Multichoise, organizadoras do Prêmio, exigem.
Ernesto Bartolomeu disse sentir-se orgulhoso por estar entre os melhores do continente e agradeceu a todos os angolanos em Durban que apareceram em massa no recinto onde decorreu o acontecimento para lhe dar o indispensável apoio.
O profissional da TPA disse ainda que o seu trabalho foi de aturada pesquisa, evidenciando um jornalismo de investigação sobre a batalha do Kuito Kuanavale, cujo objectivo é transmitir, em sua opinião, às novas gerações de sul-africanos, namibianos e até de angolanos, o quanto ela foi decisiva e mudou o rumo dos acontecimentos em toda a África Austral.
Nesta sua reportagem, o jornalista insere depoimentos de Jacob Zuma, actual presidente da África do Sul, do antigo estadista namibiano Sam Nujoma, familiares de jovens que morreram nesta batalha, cuja verdade era escondida pelo regime do Aparthaid, e do actual chefe do estado maior das forças sul-africanas, que participou desta batalha histórica.
De acordo com Ernesto Bartolomeu, os requisitos exigidos pelo corpo de jurado tiveram a ver com o rigor na qualidade da investigação, as tecnologias (gráficos e som ambiente) e as fontes usadas.
O vencedor, cujo prêmio está avaliado em cinco mil dólares, um laptop, uma impressora e o direito de estar presente, como um dos convidados especiais, na sessão de abertura do Mundial de futebol, em 2010, que vai decorrer na cidade de Durban, África do Sul, dedica o galardão a Deus e aos seus irmãos religiosos.
Outra dedicatória vai, em particular, para o embaixador de Angola na África do Sul, Miguel Gaspar Neto, o adido de imprensa, António do nascimento ao operador de camara sul-africano, Gugu Radabele, e a todos os jornalistas angolanos.
Presenciaram a cerimônia de outorga do prêmio ao jornalista Ernesto Bartolomeu, o director nacional de informação, José Luís de Matos, em representação do ministro Manuel Rabelais, o embaixador Miguel Gaspar Neto, o director executivo do Cocan, Justino Fernandes, o seu secretário geral, António Mangueira, diplomatas e comunidade angolana residente em Durban..
Fonte: Angop